Pequenas empresas devem se preparar para mudanças no modelo tributário
A Reforma Tributária em curso no Brasil, que visa simplificar o sistema atual, está gerando preocupações sobre os possíveis impactos no regime do Simples Nacional, utilizado por milhões de micro e pequenas empresas no país.
De acordo com especialistas, as mudanças podem reduzir a competitividade dessas empresas, especialmente no que diz respeito à carga tributária indireta, como o novo IVA (Imposto sobre Valor Adicionado).
Perda de benefícios e aumento de custos
Apesar de o Simples Nacional ainda estar mantido, há receios de que a cumulatividade tributária — atualmente reduzida para quem está no regime — possa ser reintroduzida com o novo sistema de créditos tributários.
Isso significa que, mesmo pagando menos tributos diretamente, as empresas podem acabar absorvendo aumentos de preços na cadeia de fornecedores, afetando seu preço final.
O que dizem os especialistas
Economistas e tributaristas apontam que, com a implementação do novo modelo de tributação, empresas fora do Simples Nacional poderão recuperar créditos de impostos pagos em suas compras, o que não acontece com quem está no Simples. Isso poderá desestimular negócios entre grandes e pequenas empresas.
Reavaliação de enquadramento pode ser necessária
Muitos contadores já estão orientando seus clientes a simularem diferentes cenários tributários e considerarem migrar para o Lucro Presumido ou Lucro Real, caso o novo sistema torne o Simples desvantajoso.
Reforma será implantada aos poucos
As mudanças previstas na Emenda Constitucional 132/2023 serão gradualmente implementadas até 2033, o que dá tempo para empresas e contadores se adaptarem. Porém, a preparação deve começar ainda em 2025, com o início da fase de transição.
📌 Fonte: Tribuna Hoje / Receita Federal
🔗 Publicado em: 08/08/2025


